Vivemos, hoje, numa sociedade
superficial, narcisista, estressante. Somos, todos os dias, bombardeados pela
mídia com seu marketing apelativo de produtos de todos os gêneros. Homens e
mulheres, e até crianças, enlouquecem para atender esse chamado, do
capitalismo, neurotizante.
Eles trabalham jornadas duplas no
intuito de ganharem mais e mais _ precisam acompanhar o ritmo dessa sociedade,
ficarem em pé de igualdade um com o outro. Quanto mais ganham mais aumenta seu
poder de consume. Mais dinheiro nas mãos das pessoas comuns cria demandas cada
vez maiores de consumidores – o que torna em si o grande responsável pelas
taxas notáveis de crescimento econômico que marca o apogeu do capitalismo.
"Meu colega de trabalho, o
meu vizinho compraram um carro top, último modelo da marca "X", e
desfilam vestidos roupas de grifes.
Acontece que, eles ganham o mesmo que eu, então, nesse caso, não devo ficar para
trás; tenho que comprar um mais top que o deles"... Pensa o individuo
competidor. Será que esse individuo repara à sua real situação? É possível que
não. Nesse caso não seria prudente ou necessário que ele olhe à sua real
situação, que averigue se o seus gastos pessoais são iguais, menores ou
superiores ao do seu colega ou, do seu vizinho? O que parece é que esse
indivíduo só olha para a possibilidade da competição, contribuindo, portanto, para uma cultura de competitividade.
Consumidores com essa postura corre o risco de
inflacionar-se, gastando mais que o que arrecada; e para atender a sua
"necessidade", passa ser um devedor. Na ilusão de amenizar, por hora,
o problema eminente que corrói as estruturas de suas finanças eles recorrem às
instituições financeiras ou agiotagens, com isso mergulha fundo no
"calabouço" de suas finanças. É, então, que o individuo perde as
rédeas da situação.... E poderia ser diferente? Não! Infelizmente.
Essa sociedade superficial,
narcisista, estressante são projetadas nos moldes de um capitalismo selvagem.
Os indivíduos que formam essa sociedade são como robores, programados para
consumir, porque, o consume gera demanda de produção e, consequentemente, essa
gera riqueza.
Para os capitalistas, a valorização do
trabalho ocorre a partir da existência da propriedade privada e obtenção de
excedente por meio da mais-valia (o lucro). Já, pensamento marxista o trabalho
mercadoria (Marx, 1993), defendido pelos detentores do capital, não tem valor
ou sentido para o trabalhador, que se vê impedido de exercer sua liberdade e
criatividade no trabalho exercendo suas funções com um sentimento de estranheza
perante o todo, ou seja, alienado (...).
VALDA FOGAÇA