terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

O PERFIL DO HOMEM CONTEMPORÂNEO



Vivemos, hoje, numa sociedade superficial, narcisista, estressante. Somos, todos os dias, bombardeados pela mídia com seu marketing apelativo de produtos de todos os gêneros. Homens e mulheres, e até crianças, enlouquecem para atender esse chamado, do capitalismo, neurotizante.
Eles trabalham jornadas duplas no intuito de ganharem mais e mais _ precisam acompanhar o ritmo dessa sociedade, ficarem em pé de igualdade um com o outro. Quanto mais ganham mais aumenta seu poder de consume. Mais dinheiro nas mãos das pessoas comuns cria demandas cada vez maiores de consumidores – o que torna em si o grande responsável pelas taxas notáveis de crescimento econômico que marca o apogeu  do capitalismo.
"Meu colega de trabalho, o meu vizinho compraram um carro top, último modelo da marca "X", e desfilam vestidos  roupas de grifes. Acontece que, eles ganham o mesmo que eu, então, nesse caso, não devo ficar para trás; tenho que comprar um mais top que o deles"... Pensa o individuo competidor. Será que esse individuo repara à sua real situação? É possível que não. Nesse caso não seria prudente ou necessário que ele olhe à sua real situação, que averigue se o seus gastos pessoais são iguais, menores ou superiores ao do seu colega ou, do seu vizinho? O que parece é que esse indivíduo só olha para a possibilidade da competição, contribuindo,  portanto, para uma cultura de competitividade.
 Consumidores com essa postura corre o risco de inflacionar-se, gastando mais que o que arrecada; e para atender a sua "necessidade", passa ser um devedor. Na ilusão de amenizar, por hora, o problema eminente que corrói as estruturas de suas finanças eles recorrem às instituições financeiras ou agiotagens, com isso mergulha fundo no "calabouço" de suas finanças. É, então, que o individuo perde as rédeas da situação.... E poderia ser diferente? Não! Infelizmente.
Essa sociedade superficial, narcisista, estressante são projetadas nos moldes de um capitalismo selvagem. Os indivíduos que formam essa sociedade são como robores, programados para consumir, porque, o consume gera demanda de produção e, consequentemente, essa gera riqueza.
 Para os capitalistas, a valorização do trabalho ocorre a partir da existência da propriedade privada e obtenção de excedente por meio da mais-valia (o lucro). Já, pensamento marxista o trabalho mercadoria (Marx, 1993), defendido pelos detentores do capital, não tem valor ou sentido para o trabalhador, que se vê impedido de exercer sua liberdade e criatividade no trabalho exercendo suas funções com um sentimento de estranheza perante o todo, ou seja, alienado (...).   

VALDA FOGAÇA