A solidão nos faz muito bem; faz-nos pensar melhor, sobre tudo as questões pessoais; dá-nos a oportunidade de nos conhecer, de fazer o que de fato gostamos, sem ser contrariado ou sem contrariar o outro. Ninguém é melhor companhia que nós mesmos. Só a maturidade nos faz entender essas coisas. Na juventude estamos sempre querendo desfrutar da companhia do outro, crendo que a felicidade está no outro; isto ocorre por causa do vazio que trazemos dentro de nós. Mas, estamos enganados! Em um dado momento o outro nos decepciona de algum modo, desde uma simples discordância de ponto de vista a ideologia. Por esta razão é que a solidão é a melhor companheira. Toda via, compreendemos que nós seres humanos, assim como os demais animais, são tendenciosos a viverem em grupos; o que não quer dizer que não somos felizes com a nossa individualidade, com o nosso momento de solidão. Todos nos carecemos de está só em um dado momento. Trata-se do momento em que recarreguemos as baterias do espírito, conectando-nos com Deus sem influencia da emoção coletiva, como ocorre nos templos, onde os presentes levados pela euforia das orações e dos louvores entram em uma espécie de transe, o qual é classificando como arrebatamento. A serenidade da solidão nos faz sentir-se elevado espiritualmente, isto ocorre porque é o momento em que somos nós mesmos, sem mascaras; é o momento que temos a oportunidade de refletir, de conhecer de fato as nossas convicções, nossos desejos, nossas angustias e nossas dores. É, quando encontramo-nos sós com nós mesmos, que percebemos a importância da vida, e o seu significado.
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